Fonte:odatacaniciodata.splinder.com
A APRENDIZAGEM
Caio Riter
Sempre foi assim.Desde que nasceu, mexia em tudo. Derrubava vasos, quebrava bibelôs, enfiava coisas na tomada. Mas quando, aos três anos de idade, ele rasgou a poltrona de couro branco, Laís resolveu pôr um ponto final naquilo.
- É para você aprender, explicou.
E cortou a ponta de um dos dedos do filho. O indicador. Com unha e tudo. Foi um santo remédio.
A leitura do miniconto é muito subjetiva. As histórias, depois de escritas, pertencem a quem as lê. Use sua sensibilidade e imaginação para ler nas entrelinhas do texto. Convidaremos o nosso amigo escritor Caio Riter para nos visitar e partilhar as nossas opiniões.
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12 comentários:
Na nossa opinião, os pais deveriam ter corrigido o filho desde pequeno. Porém quando não aguentavam mais, cortaram a ponta do dedo. Talvez para os pais não fosse tanto incômodo se a criança quebrasse seus brinquedos ou coisas pequenas, ao contrário do sofá de couro. Nós no lugar da mãe teríamos dado um tempo para a criança crescer, até porque uma criança de 3 anos não tem a consciência feita ainda.
Nós achamos que a mãe dessa criança não estava contente em ser mãe e nem preparada para ter um filho, ainda mais um pestinha.
O APRENDIZ
A educação que Laís de upara seu filho não foi suficiente para que ele aprendesse a não mexer e quebrar as coisas.Com certeza essa mãe não esteve prresente na vida dessa criança. Laís , ao invés de educar seu filho que tinhaapenas 3 anos, cortou o dedo sem expicar onde nãodevia ser mexido.
Ele quis mostrar como uma mãe resolveu dar uma lição no filho.Mase unão acharia certo, pois ela cortou o dedo dele e o machucou, a criança tinhaapenas 3 anos e não compreendia as coisas que fazia. Se eu fosse no lugar dela, eu conversaria e tentaria explicar o que é errado e o que pe certo e não partir logo pelaagressão, poisa criança precisa compreender as coisas, pois nessa idade elas começam a ser curiosas.
Ele era uma peste e eu acho que isso talvez fosse desnecessário, mas se ele não obedeciaela teve de tomar uma atitude, aí ele saberia que não poderia bagunçar ou , talvez,para cortar o couro ele teria que pegar uma faca ou alguma coisa que cortasse e com o dedo machucado, não conseguiria segurar.Foi um remédio ,mas também um pouco demais para uma criança de 3 anos.
Sempre é assim quando as pessoas estão na fase de criança. às vezes apanham, mas quase semprevoltam a fazer de novo, malandragem que a um certo ponto os pais perdem a paciência e dão uma boa surra neles.
De unsanos para cá a educação não está mais sendo respeitada. Os filhos não respeitam os pais, fazem o que querem eo que pensam. As crianças ficaram rebeldes, querem fazer tudo o que pensam, poisacham que tudo é fácil.
vqjjA mãe tentava ensinar o filho a não fazer bagunça, pois era um verdadeiro bagunceiro. A mãe resolveu tomar uma decisão, cortou o dedo do menino para ver se ele parava de bagunçar e foi o que aconteceu.Ela não fez a escolha certa, pois nessa idade as crianças são muito curiosase ela podia ter achado um jeito mais fácil para resolver o problema.
A leitura que fiz da narrativa foi do cortar o dedo como uma metáfora, representando as atitudes em que os pais podam os filhos em suas iniciativas.A espressão "foi um santo remédio" pra mim significa que a partir de alguns "cortes" as crianças e jovens perdem suacapacidade ceserem criativos e de terem iniciativas. Embora o conto remeta também para a questão dos limites, foi assim que vi. A falta de sintonia da mãe para com as necessidades do filho, também pode ser percebida. Hoje temos muitas crianças hiperativas que não recebem o tratamento adequado. O que pelos pais pode ser considerado falta de educação, para especialistas pode ser um distúrbio a ser tratado. Outras questões também estão presentes como a supervalorização do ter. Nada pode ser tocado, a falta de atenção para com o filho,a falta de instrução, enfim o conto é rico.
Amigos, de fato, minha história parece bem polêmica. mas Literatura quer apenas apontar, através de uma leitura simbólica, alguma inquietação do escritor em relação ao mundo em que ele vive. Assim, a leitura da profe de vocês está muito legal. A educação, hoje, gera bastante discussão: qual a forma melhor de educar um filho, de estabelecer limites? A sociedade em que vivemos, em meu conto representada por Laís, é por demais castradora, manipuladoras, capaz de "cortar" dedos, mãos, pernas, boca... daqueles que vêem o mundo e as coisas de forma diferente. As crianças são livres, quando nascem, no entanto acabam sendo "castradas" pela família, pela escola, pela igreja, pelo poder, que quer ver todo mundo igual. A diferença sempre provoca. Valeu, pessoal. Sigam lendo sempre. E muito. Abraços.
O escritor se inspirou na cidade de Nova Bassano, na noite que partiu para Porto Alegre.
Um mini conto em capítulos fica com mais suspense.
na nossa opinião, todos as crianças tem curiosidade, mas, cortar a ponta do dedo do filho ja é demais...
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