06 setembro 2006

Quais os limites entre a Ficção e a Realidade?

Nossa cidade, à direita o Hotel , em frente à Rodoviária
Junho de 2006. No Colégio aconteceu a 3ª Feira do Livro. O patrono: Luís Dill. Madrugada de retorno à Porto Alegre, muito fria, o escritor espera o ônibus em frente ao hotel. Mas não está sozinho. A imaginação o acompanha e faz nascer uma história, que Luís nos dá o orgulho de inaugurar aqui no blog.

0° C
miniconto de terror em 5 minicapítulos


1.Disseram que o ônibus passaria às duas da manhã. Fiquei na frente do hotel. Eu, o frio, o silêncio. Se não fosse tão arriscado ficaria mais tempo na cidade. Pequena, agradável, bom vinho, boa comida. Mas quando se comete algo tão grave, melhor dar o fora o quanto antes.

2.O sino da igreja bateu duas vezes. O som agrediu o gelo que se formava sobre tudo. As luzes do Banco do Brasil, ao lado do hotel, pareceram tremer com as badaladas. Meu peito doeu. Seria a culpa por desmanchar o noivado? Antes de responder, uma sombra ganhou vida.

3.Nada do ônibus ainda. Avancei para a esquerda, em direção à grande loja de roupas. Meus joelhos gelados produziram passos imprecisos. O tapume de uma obra oferecia uma fenda. Entrei. Metros adiante a luz de uma vela. O vulto feminino cavava com pá. Estocadas decididas no solo. Ao lado uma sacola.

4.Melhor voltar, pensei. Disseram que o ônibus não pára se o motorista não enxergar ninguém. Os longos cabelos loiros dela me lembravam alguém. Parou de cavar. Abriu a sacola. Assombrado, vi-a tirar ali de dentro uma cabeça. Ergueu-a, admirou-a por um momento, depois beijou os lábios mortos. Em seguida jogou a cabeça no buraco e cobriu tudo com terra.

5.O ruído do motor me tirou da paralisia. Saí dali aos tropeções, direto para o meio da rua, acenando frenético para os faróis que cortavam o espesso da noite. Embarquei trêmulo, mas não de frio. Boa-noite, disse o motorista. Não respondi. A luz da vela exibira com clareza: a cabeça separada do corpo era minha.

Comente o miniconto, escrito no estilo inconfundível do escritor, mestre no suspense

25 comentários:

Anônimo disse...

Nós achamos muito bom porque aconteceu em nossa cidade em frente a rodoviária. Se outra pessoa tivesse lido ela nao ia pensar que essa cidade exestisse.

Anônimo disse...

Gostamos muito de seu miniconto pois nele você se inspirou na cidade onde moramos. O local do hotel, do Banco, da loja o tempo, duas horas da manhã onde passa o ônibus onde segue para Porto.
Em cada minicapítulo nós descrevemos o que imaginávamos que acontecerá,com o casal na parte da noite. Assim nós percebemos como dá para misturar uma realidade com ficção.
Em cada minicapítulo que líamos nós ficavamos cada vez mais curiosos em saber o que aconteceria nos próximos minicapítulos, pois quando percebemos que surge suspense no meio da história ficamos mais atentos e a história fica cada vez mais real. Obrigado por mais uma vez ter se inspirado em nossa pequenina cidade bjs.

Anônimo disse...

O autor usa a realidade quando diz que está perto de uma loja de roupa.
Quando fala em desmanchar o noivado e na mulher é ficção.Usa a realidade
e a ficção para mostrar que uma história real pode se transformar em uma grande história.
Trabalhamos cada capítulo, onde escrevemos o que achávamos do capítulo e o que esperávamos do próximo.
O mini conto é muito legal! Pois fala de uma história que envolve realidade e ficção onde em cinco capítulos de suspense é contado.
Quando fala em enterrar a cabeça significa que a mulher está esquecendo ele.Não quer mais ficar com ele.Dando-lhe um beijo de despedida...

Anônimo disse...

Achamos muito interessante esse miniconto pois aos poucos fomos descobrindo, que essas histórias se passam em nossa cidade( Nova Bassano).Mas essa história possui ficção.Se era outro que ia ler os minicontos não sabia que se passava em nossa cidade.

Anônimo disse...

Gostamos do miniconto pois é muito interessante fomos descobrindo, imaginando, histórias de ficção e cada fato nos surprendia e fazia imaginar cada vez mais e mais.
Achamos legal , pois ele se baseou em nossa cidade...

Anônimo disse...

Nos gostamos muito da intrepretação do miniconto pois se inspirou em nossa cidade, ele misturou ficção com realidade,entendi que a mulher estava enterando o passado, seu namoro.

Anônimo disse...

O mini-conto é muito legal,é uma história de muito suspense em que o personagem se depara com muitas loucuras.Ele foi muito criativo escrevendo este mini-conto inspirando-se em nossa cidade.
O fato dele dizer que ela está enterrando sua cabeça ,é uma expressão de sentimento de ela estar enterrando todo o seu passado.

Anônimo disse...

Nós gostamos do miniconto pois o autor se baseou na nossa cidade para escreve-lô.Também gostamos dele pelo jeito que foi escrito, em forma de suspense.

Anônimo disse...

Gostamos muito desse mini-conto, pois o autor se inspirou em nossa cidade para realizá-lo,...
O fato se passou em um local onde o frequentamos todo dia,...
Ao passarmos por esse local, todos lembramos da feira em que ele, Luís Dill (patrono) participou, e principalmente do mini-conto.
Um mini-conto em que fala como foi que passou alguns minutos de sua saida da cidade de Nova Bassano pelo autor.
No meio da realidade utilizou ficção, e entendemos com esse mini-conto que com o fato da mulher estar enterrando uma cabeça, esta enterrando suas mágoas passadas.

Anônimo disse...

Gostamos muito por que voce se inspirou em nossa pequena cidade. Achamos muito interessante; o final foi surpreendente.Não podíamos pensar que tudo aconteceria por desmanchar um noivado.Quando beijou os lábios mortos, e enterrou a cabeça; pensamos que poderia ser de um ex-namorado.Mas ao descobrir que era sua própria cabeça ficamos surpresos.Obrigado mais uma vez por ter se inspirado em nossa cidade.Esperamos que estas sejam apenas as primeiras histórias misturadas com ficção que sejam inspirações para nossa vida. Bjs.

Anônimo disse...

Eu achei o miniconto muito interesante, a parte final foi surpreendente, quando fala em desmanchar o noivado e na mulher é ficção. O miniconto é muito legal. Nós achamos muito bom porque se inspirou em nossa pequena cidade.Quando fala em enterrar a cabeça significa que a mulher está esquecendo ele. Não quer mais ficar com ele.

Anônimo disse...

O miniconto foi muito legal, pois o autor se inspirou em nossa cidade (Nova Bassano).
A história se passa em frente da rodoviária, numa madrugada fria
2h da manhã. No conto ele se arrepende de ter desmanchado o noivado...
A mulher que estava enterrando a cabeça, era a sua, e queria esquecer o passado.

Anônimo disse...

Gostamos muito que você tenha se inspirado em nossa cidade, e transformado uma realidade em ficção. Esse foi um dos melhores
minicontos que lemos.
O que nos chamou atenção no miniconto foi quando a mulher beijou os lábios da cabeça morta. Achamos que a cabeça era de seu namorado que nunca conseguiria esquecer, então aproveitou o fato acontecido para ir até lá e enterá-lo para que conseguisse vê-lo quando quisesse.

Anônimo disse...

Gostamos muito porque ele mistura ficção e realidade. Também gostamos Porque ele se inspirou em nossa cidade, mas se fosse outra pessoa que lesse este mini conto não saberia onde se passa. O bom foi porque nos imaginamos muitas coisas cada um teve uma idéia diferente, fomos lendo o mini conto em pedaços.

Anônimo disse...

Eu particularmente gostei muito do mini conto porque ele fala de nossa cidade como se fosseumacidade aterrorizante por falar de casamentos estragados de morte e de suspense muito suspense.
No mini conto tem uma parte muito imteresante onde ele diz que a cabeça sendo enterada era dele ele teve essaimpressão por causa da culpa de ter estragado o casamento

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

esse texto esta cheio de suspense do começo ao fim, o leitor fica grudado no texto, esperando oque vai acontecer, achei muito entereçante a parte da cabeça, ninguem esperava por essa, o autor relacionou o amor que ela sentia com a cabeça do amado.

Anônimo disse...

Nós gostamos muito de trabalhar com esse mini conto, porque ficávamos cada vez mais curiosos para saber o final da história. Nós entendemos que ela estava enterrando um grande amor que não podia acontecer. A professora entegava um capítulo por vez e nós íamos imaginando o que acontecia no próximo capítulo. Foi muito interessante, porque nos fez pensar.

Anônimo disse...

Gostamos muito do seu mini-conto, pois nele existe realidade e ficção. Aliás ele se passa em nossa cidade. A gente entendeu que a mulher tentava esquecer seu ex-namorado mas isso não era possível pois ela ainda o amava muito. Parabens pelo mini-conto e esperamos que voce inclua ainda a nossa cidade em seus contos.

Anônimo disse...

Bem... é muito interessante lermos um mini-conto que fala de nossa pequena cidade...
É muito mais legal, pois a gente se sente fazendo parte da história... afinal ela se passa em nosso mundinho, e praticamente onde passamos todos os dias!
na sala de aula podemos aproveitar muito o texto e fluir com nossa imaginação...a professora deu o mini-conto por partes e com isso nos fez imaginar o que iria acontecer depois...
todos entenderam de uma forma diferente.
nós por exemplo entendemos que esse seria um homem, que estaria saindo da cidade por algo pessoal, nisso ele passa a descrever parte do lugar onde estava, e coloca ficção no meio, onde fala sobre a mulher que estaria enterrando uma cabeça, que na nossa opinião seria a dele, em significado simbólico ela o queria esquecer, então enterrou-o de vez...
esse com certeza foi um dos melhores mini-contos que já tivemos conhecimento...

Anônimo disse...

Pelo nosso entender, o mini conto fala sobre um casal de namorados. O namorado foi viajar para outra cidade a serviço. Mas que depois de uns dias naquela bela cidade, lembrou-se que havia o casamento marcado e saiu correndo para pegar o ônibus. Na espera pelo ônibus ele viu uma mulher com uma sacola e ele lembrou-se na sua noiva. Depois ele viu que a mulher estava enterrndo cabeça,sua namorada e quando subiu no ônibus viu que era a sua e lembrou-se que o seu noivado havia acabado hápoucotempo.
É muito bom ler um conto, sabendo que é de lugares da nossa cidade. Fica-se com mais vontade de ler, pois quer sempre saber o que vai acontecer.

Anônimo disse...

0°C

ACHAMOS MUITO CRIATIVO AINDA MAIS PORQUE ELE SE INSPIROU EM NOSSA CIDADE, NOVA BASSANO, ELE INCLUIU PERSONALIDADE E CRIATIVIDADE COM REALIDADE TRANSFORMANDO UMA VIAGEM A UMA HISTÓRIA DE TERROR COM PASSAGEM A UM HOTEL.
ELE DEU CHANCES PARA NÓS CRIARMOS NOSSOS MINICONTOS COM SUSPENSE E DANDO A PRIMEIRA IDÉIA PARA NÓS E ASSIM CONTINUAR COM O TEXTO QUE A GENTE CRIOU.

Anônimo disse...

Nós achamos muito bom porque se inspira em nossa cidade.
Quando começamos a ler o texto imaginamos uma coisa, acontece outra. Achamos legal o texto.

Gládis Leal dos Santos disse...

Pessoal,

Também adorei o miniconto, fantástica narrativa! E o trabalho que estão desenvolvendo com a orientação da Prof. Marli está maravilhoso. É assim que se aprender a gostar de ler. Parabéns, Marli e alunos.

Bjus
Prof. Gládis
Joinville SC

Marli Fiorentin disse...

Luís escreveu um e-mail que deixo aqui:

Oi, Marli!
Li todos os comentários dos alunos a respeito do meu conto de terror e
de suspense. Gostei bastante. Por favor dê os parabéns para eles por
mim, certo?
E parabéns para ti pelo ótimo trabalho.

Abraços do
Dill