13 maio 2007

Vamos conhecer crônica?

A palavra crônica deriva do Latim chronica, que significava, no início da era cristã, o relato de acontecimentos em ordem cronológica. Crônica é o único gênero literário produzido essencialmente para ser veiculado na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas de um jornal. Assim como o repórter, o cronista se inspira nos acontecimentos diários, que constituem a base da crônica. Entretanto, há elementos que distinguem um texto do outro. Após cercar-se desses acontecimentos diários, o cronista dá-lhes um toque próprio, incluindo em seu texto elementos como ficção, fantasia e criticismo, elementos que o texto essencialmente informativo não contém.A crônica, na maioria dos casos, é um texto curto e narrado em primeira pessoa, ou seja, o próprio escritor está "dialogando" com o leitor. Isso faz com que a crônica apresente uma visão totalmente pessoal de um determinado assunto: a visão do cronista. (fonte wikipédia)

Leia a crônica abaixo e reflita sobre a questão proposta no final dela.


Ser pai é bom demais

Crônica

Caio Riter é porto-alegrense, autor de vários livros , alguns deles premiados

Houve um tempo em que eu acreditava que pais eram mães ou que podiam ser. No sonho de ser pai, sabia que homens e mulheres se tornam iguais na concepção. Diferenças inexistiam, era o que pensava. Afinal, basta transitar pelas ruas e encontraremos muitos pais em funções outrora maternas: bebês no colo, mamadeiras em apronte, carrinhos guiados com delicadeza por másculas mãos, futuros sendo empurrados pelos balanços e carrosséis da vida. Eu tinha essa certeza; a observação e o sentimento é que a gestavam em mim: pais e mães são indistintos na vida de um filho.


Na minha fantasia, eu ia sonhando e me preparando para ser pai-mãe. Homem repleto de maternidade. E como inexistem forças capazes de impedir que um sonho bem sonhado real se torne, virei pai. Curti desde o primeiro instante aquela semente que crescia no ventre da mulher amada. Experiência repetida. Duas outras mulheres vindo ao mundo. E ver aqueles rostinhos alegres, brilho de afeto resplandecendo a cada carinho, a cada conquista, sempre foi o presente maior. Fui, então, sendo o que queria ser: pai.


Fui homem de acordar na madrugada ao chamado da palavra-mágica; fui homem de me deitar no chão para virar barco, cavalo ou outra coisa. Fui homem de invenção de teatros; de canções de ninar, de histórias de boca, inventadas no momento exato da contação; fui herói de afugentar monstros horrorosos. Fui sendo pai do jeito que sabia e que julgava que um pai devia ser.
Mas jamais fui mãe.


Um pai, por mais que deseje, nunca será mãe. Só pai, no tudo de bom que um pai possa ser. Porém, apenas pai. Nada mais que pai.


Um pai, por mais pai que seja, não é mãe. A mulher que gera um outro ser estabelece uma relação de cumplicidade que homem nenhum atingirá. Nós, os pais, durante a gestação, na verdade, ficamos de fora. Por mais que sejamos chamados a participar, estamos de fora. Somos um apêndice numa relação visceral. Um coadjuvante que é apenas personagem secundário. Apenas o amigo do mocinho. Amigo que precisa descobrir seus modos de atuação, que precisa fazer-se necessário na urdidura da narrativa familiar, a fim de ser também fundamental parte na história daquele que vai tornando-se gente.


Mas jamais será mãe.


Não nutriu com sua vida a vida do outro, não partilhou com o outro toda a sua carga emotiva, não dormiu o outro no embalo do ritmo do seu coração. Não. E tudo isso antes mesmo do nascer.


As mães, esses seres com os quais estabelecemos uma relação eterna (para o bem ou para o mal), estarão sempre, me parece, na dianteira de qualquer pai que se arvore em mãe. Elas nutrem os filhos não apenas com seu sangue, mas com suas alegrias, tristezas, com suas certezas e hesitações. Mães alimentam seus rebentos com a própria vida.


Ser pai, é claro, tem lá sua força no crescer de um filho. É união eterna também. Mas não é sobre isso que falo. Falo de algo que vem de além do nascimento. Relação mágica, dupla, forte. Não sei se me entendem. Entretanto, é apenas isso: se ser pai é bom demais, ser mãe deve ser melhor ainda.
Fonte Zero Hora
A Crônica toca num assunto cotidiano que é família. Como você sente o papel de pai e o papel de mãe na vida dos filhos? Existem situações específicas para um ou para outro? Escreva sobre isso, estando na condição de filho.

18 comentários:

Michele disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Michele disse...

Bom nós lemos a sua crônica: "Ser pai é bom de mais".
Achamos que os filhos tem mais apego as mães, pois passam a maior parte do tempo no ventre delas. Nesse tempo de experiência, os filhos recebem muito amor, carinho e segurança.
O pai não participa muito da gestação , mas quando é chegado o momento do nascimento os pais se tornam iguais, pois os filhos os amarão para todo o sempre, igualmente.
o papel de pai e mãe é educar, mas alguns pais as vezes são muito rigidos quanto aos filhos. Os pais pensam que os filhos são deles, mas na verdade, são criados para o mundo.
tem pais que aprisionam seus filhos, mas aprisionam pelo seu próprio bem e sua proteção.
Adoramos a crônica!!!
Se puder responda???
Michele B, Luana B

Michele disse...

No papel de cuidar e educar os filhos sem muita liberdade, mas nem com tanto NÂO.
Por um lado devemos entender que o NÂO que os pais dizem aos filhos e para o bem deles, pois os pais mais do que ninguém sabe realmente como é a vida lá fora.
Mas não é brigando que iremos achar a solução, pois devemos nos colocar no lugar de pai e mãe para descobrir que eles sabem o que é melhor para seus filhos.
Muito boa a crônica!!!
Luana P

Anônimo disse...

Para mim pai e mãe são tudo. É graças a eles que tenho uma vida bela.Entre eu e meus pais, eu sou o mais alegre. Meu pai trabalha, passa o dia inteiro fora, só volta á noite, portanto é á noite que eu me divirto com ele.
Minha mãe é dona de casa, almoçamos e passamos metade da tarde juntos e depois vou visitar meus avós que moram a alguns metros de distância.
Gostaria de ter esta vida para sempre, com muitos risos, felicidade e alegria.

Anônimo disse...

Meus pais têm o papel de me educar , meu pai um pouco mais liberal agora que cresci. Quando pequeno me dava mais atenção. Minha mãe um pouco mais rígida quando pequeno agora mais liberal. Eu como filho meio bagunceiro, mas sempre entendido por meus pais.

Anônimo disse...

Nós achamos que é muito legal ser pai ou mãe. Mas eu acho que melhor ainda é ser mãe pois você participa mais na vida de seus filhos do que um pai. Porque um pai participa menos, pois na gestação ele nem quase participa.
Não existe coisa específica para pai ou mãe, pois tanto pode fazer um trabalho o pai como a mãe por exemplo cuidar de um bebê. Pois o bebê não veio ao mundo só pela mulher antes disso teve um encontro com a mulher e o homem.
Tanto pai como mãe você participa na vida de seu filho, mas não importa se você participa mais ou menos. O importante é participar.

Anônimo disse...

Hoje em dia os pais estão mais ativos na criação dos filhos e na divisão dos trabalhos domésticos como antigamente.
Antigamente existia um certo preconceito masculino quanto a isso,homem trabalhava para ganhar o sustento da família enquanto que as mulheres cuidavam da casa e dos filhos.

Anônimo disse...

Pai e Mãe
A realidade dos pais de hoje em dia é bem moderna.

Os pais hoje são nossos heróis, nos ajudam com tudo.Sentavam do nosso lado contavam historias para nos dormir. Deixavam de cuidar de si para cuidar da gente.

Na realidade de hoje os pais são os que nos ensinam a viver, com seus gestos, com suas atitudes. Hoje em dia e tudo mais fácil com a tecnologia.Mas nosso pais continuam os mesmos.

Na verdade, nossos pais são as vezes um “pouco”rígidos...Mas é para o nosso bem, para o nosso aprendizado! Às vezes eles demonstram atitudes, difícil de esquecer. Atitudes de pais modernos,heróis, batalhadores, que um dia vencerão e continuam vencendo na vida!

Anônimo disse...

Hoje em dia os pais estão assumindo outra postura ,a da Mãe, estão aprendendo a trocar a
fralda , varrer a casa, fazer comida , cuidar das crianças, brincar, etc... Pra mim para ser um bom pai ou uma boa mãe ,deve ser parceiro, amigo, conselheiro, brincalhão, saber dizer sim e não na hora certa.

Anônimo disse...

O papel da mãe é dar carinho, amor.
O papel do pai é ajudar a mãe nas tarefas domésticas e cuidar de seu filho na falta da mãe. Os dois devem colaborar para a educação de seu filho.

Anônimo disse...

PAI e MÃE
A realidade de hoje em dia é bem diferente de uma vez eram mais rígidos com os filhos.
Atualmente o processo da vida de nossos pais é diferente, tudo é mais fácil. E com o progresso, hoje se facilita tudo como os transportes escolares. Hoje também os pais são nossos amigos e é muito caro criar um filho, porque antigamente só pensavam em fazer filhos para trabalhar no roça.
Os nossos pais sentam e conversam conosco, contam história, hoje em dia quando os pais se separam o filho fica com qualquer um dos dois, antigamente ficava com a mãe.
A crônica nos diz que não há mais tanta desigualdade nos deveres da família que o homem faz coisas da mulher e a mulher do homem.

Anônimo disse...

Ser pai e bom demais
Ser pai de hoje em dia é uma união eterna .
Hoje em dia os pais estão mais presentes na criação dos filhos, são mais compreensivos,
ajudam na educação dos filhos na divisão dos trabalhos domésticos.
O pai é mais duro, mais complicados na maiorias das vezes, a mãe é mais compreensiva, mais parceira.
A crônica nos diz como os pais são hoje em dia, nos está dando uma grande lição.
O autor da crônica nos fala como as coisas de hoje em dia estão, tem que ser um pais mais presente nas coisas que os filhos estão fazendo.

Anônimo disse...

O meu pai é um superpai, um grande amigo.Ele gosta de brincar com os três filhos.
A minha mãe está sempre conosco, ela nos ajuda como uma supermãe, que me ensina um pouco mais sobre a vida. Minha mãe é muito amiga e sincera quando precisamos.
Sempre estão me apoiando. Meu pai trabalha, só o encontro de manhã quando ele sai e à noite quando ele chega, cansado e nervoso. À tarde estou com a mãe e passo a maior parte do dia com ela, converso mais com ela. Nos dias que ela não está boa, tenho que cuidar dos meus irmãos.
O meu irmão tem 11 anos e minha irmã tem 4 anos, sou a mais velha, mas passo a maior parte do tempo com minha mãe e com meus irmãos.Minha mãe é uma supermãe gosto muito dela como mãe e como uma grande amiga.

Anônimo disse...

Nossos pais se esforçam para nos dar conforto e nos dão o que nós queremos, muito amor e carinho. E nos ajudam quando estamos doentes.Também quando estão sem dinheiro para comprar remédios e pagar as contas, mas sempre dão um jeito para arranjar. Quando estão sem emprego, ficam fazendo bicos por aí e se esforçam para trazer dinheiro para dentro de casa para sustentar a família.

Anônimo disse...

Mãe nem sempre é a que gera,mas também é a que cria. No meu caso é assim.
Meus pais se separaram quando eu tinha apenas 3 anos de idade. Os dois brigaram por minha guarda na justiça,o juiz decidiu que minha mãe deveria ficar comigo sendo que meu pai poderia me visitar a cada semana. Hoje eu moro com minha avó mas mantenho contato com meus pais, meu pai mora no andar debaixo , é cuidadoso, engraçado,legal,adora tirar sarro dos outros.Minha mãe é mais reservada tem dois filhos alem de mim, é companheira

Anônimo disse...

Para minha mãe eu quero agradecer pelo amor,respeito, e por todas coisas boas que você me fez .
E para meu pai eu quero falar que ele é o melhor do mundo.

Patricia Müller Sousa disse...

Quero dizer que meus pais, pai foi porque já faleceu e minha mãe é e continuará sendo, o melhor de tudo que já tive na vida, porque se sou o que sou devo tudo a eles!!!

Anônimo disse...

Este blog tras um tema muito interessante e importante, pois na sociedade atual o convívio entre pais e filhos esta cada dia mais dificil. Por isso gostei muito da forma e dos depoimentos deste blog. Sendo mãe procuro ser amiga e companheira de minhas filhas nas alegrias e nas tristezas. Admiro as famílias onde pais e filhos conseguem viver harmoniosamente nesta sociedade, onde os valores vão sendo deixados de lado a cada dia. Por este motivo gostei muito deste blog.
Irce.